A Batalha de Verdun foi com certeza uma das principais batalhas da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Durou de fevereiro a dezembro de 1916, no nordeste da França, perto da cidade de Verdun. Existe uma estimativa de quase 1 milhão de mortos, quase que na mesma proporção entre soldados alemães e franceses.
Citando o historiador Eric Hobsbawm em sua obra "A Era dos Extremos", a experiência da frente ocidental, teve consequências muito tristes. Ajudou a brutalizar tanto a guerra como a política. Quase todos que serviram na Primeira Guerra, em sua esmagadora maioria soldados rasos saíram dela inimigos convictos da guerra. Adolf Hitler era apenas um desses homens para quem o fato de ter sido frontsoldat era a experiência formativa da vida. (HOBSBAWN, 1995, p. 34)
Em 1896, uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos consolidaria o processo de segregação na sociedade norte-americana. O resultado do caso Plessy vs. Ferguson deu força à interpretação de que a separação de negros e brancos no espaço público não violava a igualdade de direitos garantida pela 14ª Emenda da Constituição. O argumento era o de que a segregação seria justa desde que cada grupo racial desfrutasse de serviços públicos da mesma qualidade, oficializando a doutrina “separados, mas iguais”, que vigorou até a ascensão do Movimentos pelos Direitos Civis na década de 1950. Portanto, antes que Rosa Parks, Martin Luther King Jr. e Malcom X ascendessem como lideranças do movimento negro nos Estados Unidos, figuras como Ida B. Wells, William DuBois e Marcus Garvey cumpririam o papel de institucionalização do ativismo negro por meio de organizações como a National Association for the Advancement of Colored People (NAACP), e a Universal Negro Improvement Association (Unia). Nesse período, contudo, não havia ainda um arranjo institucional na política norte-americana capaz de contemplar demandas pela integração racial e o combate à violência. Os partidos políticos, até mesmo o Republicano, não demonstravam interesse na causa dos negros dos Estados Unidos. As mudanças viriam durante a administração do presidente Franklin Roosevelt (1933-1945). O democrata, que assumiu o poder com a incumbência de tirar o país da depressão econômica após a crise de 1929, manteve-se distante das lideranças negras, mas o conjunto de políticas de seu governo ajudou a criar um ambiente favorável à ascensão do Movimento pelos Diretos Civis. Durante a era de Roosevelt, a população negra abandonaria o Partido Republicano, até então associado à figura de Abraham Lincoln, para dar uma nova face ao Partido Democrata, que tinha sua imagem associada aos políticos racistas dos estados do sul.
Com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a indústria norte-americana ganhou um novo fôlego, incluindo cada vez mais trabalhadores negros e intensificando a migração para o norte, onde não havia restrições formais ao voto. Na década de 1950, o eleitorado negro ganhava cada vez mais força, obrigando os políticos a responderem às demandas do ativismo. Por outro lado, a Suprema Corte norte-americana, durante o período de administração democrata, mudou a sua composição, ganhando um perfil cada vez mais progressista. Em 1954, o caso Brown vs. Board of Education, decidiu favoravelmente à integração de uma escola na cidade de Topeka, no estado do Kansas, abriu um precedente para que as leis segregacionistas fossem derrubadas.
Em 1955, em Montgomery, no Alabama, Rosa Parks negou-se a ceder o seu banco a um cidadão branco, desafiando a cultura segregacionista do sul. A ativista foi encarcerada, provocando indignação da população negra, que, posteriormente, tomou a decisão de boicotar o sistema de transporte da cidade. Esse ato foi um dos eventos que precipitaram a ascensão do Movimento pelos Direitos Civis, que mobilizou setores populares e incorporou ao amplo repertório de protesto negro as estratégias de não violência. À medida que Martin Luther King se deslocava entre as cidades segregadas racialmente, outros grupos de ativistas se mobilizavam orientados pelas estratégias de não violência. Os membros do Congresso pela Igualdade Racial (Core) ganharam destaque com os Freedom Riders, um grupo de jovens negros e brancos que viajava entre os terminais de ônibus para forçar a integração racial, ocupando espaços reservados aos brancos. A jornada desses ativistas pelo sul do país foi uma entre as várias táticas que desafiavam o racismo norte-americano. A ação dos ativistas, contudo, dependia da manifestação do governo federal, que em muitas circunstâncias preferiu não desafiar a força política dos segregacionistas. Foi na administração do presidente Lyndon Johnson (1963-1969) que o movimento chegou ao seu auge, ganhando cada vez mais adeptos, chocados com as cenas de violência perpetradas contra senhoras e crianças negras e captadas em imagens televisivas que circulavam nacionalmente. Em 1964, um enorme passo foi dado com a aprovação do Civil Rights Act, legislação que declarava a ilegalidade da discriminação baseada na raça, cor, sexo, religião ou origem, dando um grande impulso à integração racial em espaços e instituições públicas. Parte do texto publicado em http://www.ceert.org.br/noticias/politica-no-mundo/7475/o-racismo-nos-estados-unidos
Para começar nossa análise da chamada "Grande Guerra" (1914-1918) nada melhor do que utilizar, um bom e velho filme como recurso de representação de um contexto histórico. Nesse caso estou me referindo ao filme de 1930 baseado no romance homônimo "Sem novidade no front" baseado no livro pacifista de Erich Maria Remarque.
O filme conta a historia de Paul Bäumer que se alista no exército alemão,por influência de seus professores e da própria sociedade alemã da época. Logo o jovem idealista irá perceber que não há nada de heróico em uma guerra, pelo menos para um simples soldados. É uma ótima visão pacifista sobre o conflito. ( Fica a Dica!!!)
Uma das maiores bandas desse pais sempre refletiu em suas músicas grandes temas. Uma dessas canções que se tornaram clássicas, está "Fábrica" lançada no disco de 1986 chamado "Dois" . A letra é simples e com uma mensagem poderosa sobre a condição operária.
Fábrica
Nosso dia vai chegar
Teremos nossa vez
Não é pedir demais
Quero justiça
Quero trabalhar em paz
Não é muito o que lhe peço
Eu quero um trabalho honesto
Em vez de escravidão
Deve haver algum lugar
Onde o mais forte
Não consegue escravizar
Quem não tem chance
De onde vem a indiferença
Temperada a ferro e fogo?
Quem guarda os portões da fábrica?
O céu já foi azul, mas agora é cinza
O que era verde aqui já não existe mais
Quem me dera acreditar
Que não acontece nada de tanto brincar com fogo
Que venha o fogo então
Esse ar deixou minha vista cansada
Nada demais
(Legião Urbana - Disco "Dois" )
A Revolução Industrial pode ser definida como sendo uma grande transformação no modo de produção que passa a ser mecanizado a partir da segunda metade do século XVIII, principalmente na Inglaterra. Surgem as fábricas e com elas a exploração da classe trabalhadora por parte dos burgueses que vislumbravam grandes lucros com esse processo de maquinofatura. As Jornadas de trabalhos eram desumanas podem chegar até 18 a 20 horas de trabalho.
Uma das características mais cruéis desse período foi o uso de mulheres e de crianças, como uma forma de baixar os custos com a mão de obra e consequentemente aumentar os lucros da produção. As Jornadas de trabalho podiam chegar até 80 horas semanais em condições insalubres. Muitos trabalhadores inicialmente acreditaram que os grandes culpados das péssimas condições eram as próprias máquinas que estavam substituindo o trabalho humano. Esse movimento ficou conhecido como "Ludismo" e teve consequências trágicas.
Após as severas repressões a classe trabalhadora, principalmente os envolvidos na quebra das máquinas, os operários resolveram se organizar em associações e sindicatos e mais tardes, teóricos como Karl Marx refletiram e desenvolveram teorias que não só compreendessem a situação operária, como também apontassem saídas para o processo de alienação do próprio trabalhador
(Dica de um ótimo Filme de Charlie Chaplin que reflete sobre o processo de industrialização e da alienação do trabalhor: Tempos Modernos)
Como afirmava os antigo romanos, "Se queres paz, prepara-te para guerra" assim foi o clima que antecedeu a Grande Guerra (1914-1918) também chamada de 1ª Guerra Mundial. O período que vai do final do século XIX até o início do conflito em 1914 é chamado de "Belle Époque" , ou seja bela época.
Havia um clima de grande otimismo tanto na Europa como nos Estados Unidos, em grande parte devido as inovações tecnológicas oriundas da segunda revolução industrial. (Automóvel, bicicleta, telefone, avião, telegrafo sem fio) são alguns exemplos de como a burguesia estava entusiasmada com a chegada do novo século. Nas artes havia o estilo art nouveau (arte nova) que pode ser considerado como característico desse período. Destaque para a literatura como de Oscar Wilde escritor irlandês que deve ser conhecido pelo contexto de sua obra e a representação de sua época.
( A obra de Wilde: "O Retrato de Dorian Gray" é um boa dia para conhecer sua obra)
Não podemos nos esquecer a cidade luz ( Paris) onde na Belle Époque, tornou-se o simbolo desse otimismo. Pelas ruas cosmopolitas de Paris era possível respirar essa eferverscência cultural, como por exemplo os famosos cabarés (ex: Moulin Rouge) em um tipico ambiente boêmio entre o final do século XIX e o início do século XX. Um dos mais famosos espetáculo era a famosa dança do "cancan"
Se no aspecto cultural esse período é lembrado com muito saudosismo, na aspecto político o mesmo é chamado de "Paz Armada", já que na eminência de uma guerra, as nações se lançaram em uma corrida armamentista de proporções nunca antes vistas. Era o início do primeiro grande conflito do século XX.